SpectraX
Monitoramento de créditos de carbono com imagens de satélite e IA
Descubra como o sensoriamento remoto e a IA tornam o monitoramento de créditos de carbono mais seguro, rápido e eficiente com a plataforma ESG da SpectraX
monitoramento créditos carbono
SpectraX - 23 de abril de 2025

O avanço do mercado de créditos de carbono no Brasil exige que as empresas atuem com rastreabilidade e confiabilidade nos dados sobre as áreas geradoras dos créditos.

 

Uma das tecnologias mais avançadas para isso é o sensoriamento remoto por imagens de satélite, por meio do qual é possível automatizar o monitoramento de áreas que contribuem para a remoção ou redução de emissões de CO2.

 

A SpectraX, por meio de estudos conduzidos por sua equipe científica, vem explorando soluções baseadas em imagens orbitais e algoritmos de machine learning para identificar com precisão regiões com potencial de geração de créditos de carbono.

 

Veja neste artigo como as pesquisas científicas têm reforçando seu compromisso com a transparência e a inovação no mercado de créditos de carbono, colaborando para a eficiência na identificação das áreas e a transparência no setor. Confira!

 

 

O que são créditos de carbono e por que monitorá-los é essencial

 

Os créditos de carbono funcionam como ativos cuja unidade representa uma tonelada de CO2 evitado ou removido da atmosfera, colaborando para a redução do aquecimento global e os efeitos das mudanças climáticas.

 

Sua utilização visando compensar as emissões de GEEs (gases de efeito estufa) tem gerado interesse mundo afora, com cerca de 500 milhões de créditos de carbono já transacionados e um movimento de cerca de US$ 2 bilhões por ano.  

 

No mercado de carbono, os créditos são negociados por meio do mercado regulado ou do mercado voluntário. Eles são bem distintos e você deve ter atenção quanto a isso.

 

O mercado regulado de créditos de carbono é obrigatório e definido por leis, com limites de emissões impostos a setores específicos da economia.

 

Já o mercado voluntário funciona de forma espontânea, permitindo que empresas negociem créditos com base em metas próprias de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.

 

Assim, os créditos de carbono podem ser comprados por empresas que desejam compensar suas emissões e vendidos por projetos ambientais que sequestram carbono.

 

Como exemplo, existem os projetos de reflorestamento, energias limpas e agricultura regenerativa. Além de compensar as emissões, a compra desses créditos apoia o desenvolvimento sustentável e pode incentivar a ampliação dessas iniciativas.

 

Mas é preciso estar atento aos projetos de crédito de carbono, sobretudo sua área de abrangência e o potencial de sequestro de carbono. Recentemente, por exemplo, uma operação da Polícia Federal investigou a venda irregular de créditos de carbono.

 

Essa situação abalou o mercado, deixando evidente a necessidade da implantação da rastreabilidade e a transparência, com o uso de tecnologias avançadas, a exemplo do sensoriamento remoto por imagens de satélite.

 

 

Como funciona o monitoramento automatizado de créditos de carbono com imagens de satélite

 

A automatização do monitoramento de áreas destinadas à geração de créditos de carbono é hoje uma estratégia eficaz para garantir rastreabilidade, precisão e transparência.

 

Por meio das imagens de satélite, é possível acompanhar em larga escala o uso e a cobertura do solo, com alta frequência de atualização e padronização dos dados.

 

Satélites como Sentinel-2, MODIS e PlanetScope são amplamente empregados em estudos científicos para esse fim.

 

O Sentinel-2 oferece resolução espacial de 10 metros com revisita a cada 5 dias, ideal para monitoramento de vegetação. Já o MODIS, com revisita diária, permite acompanhar variações sazonais em grandes áreas, mesmo com menor resolução.


O PlanetScope, por sua vez, fornece imagens diárias em alta resolução (3 metros), o que o torna especialmente útil para detectar mudanças pontuais e detalhadas em áreas críticas.

 

sentinel-2 vem se destacando no monitoramento de áreas de crédito de carbono

 

Sentinel-2 vem se destacando no monitoramento de áreas de crédito de carbono

(Fonte: ESA)

 

Com o suporte dessas imagens, é possível calcular índices espectrais como NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), EVI (Índice de Vegetação Aprimorado), LAI (Índice de Área Foliar), GPP (Produtividade Primária Bruta) e eficiência evaporativa, fundamentais para estimar a saúde da vegetação e o potencial de sequestro de carbono.

 

Esses dados alimentam modelos automatizados de análise, baseados em machine learning, que identificam padrões, classificam tipos de uso do solo e detectam alterações com maior agilidade do que métodos tradicionais.

 

Além disso, a padronização por densidade de Kernel, análise de componentes principais (PCA) e técnicas de clusterização ajudam a reduzir ruídos, tornar os resultados comparáveis e garantir maior robustez às interpretações.

 

Com a automatização do processo, é possível reduzir falhas humanas e ampliar a escala do monitoramento, permitindo que áreas extensas sejam avaliadas continuamente com menor custo operacional.

 

Essa abordagem científica e tecnológica é essencial para assegurar a integridade ambiental dos projetos de carbono, tornando mais confiável a verificação da elegibilidade e da permanência dos créditos gerados.

 

 

Como a ciência ajuda a garantir integridade no mercado de carbono

 

A confiabilidade dos créditos de carbono depende, fundamentalmente, de dados precisos, verificáveis e cientificamente embasados.

 

Em um cenário onde investigações como a Operação Greenwashing da Polícia Federal evidenciam práticas irregulares no mercado voluntário, surge a necessidade de mecanismos que garantam a rastreabilidade e a transparência no processo de geração e comercialização desses créditos.

 

É nesse contexto que a ciência aplicada se torna um pilar estratégico, o que faz dos cientistas da SpectraX referência neste aspecto, tendo em vista os estudos robustos com sensoriamento remoto já realizados para fortalecer essa base.

 

Veja abaixo dois estudos que demonstram essa expertise.

 

 

Estudo 1: Redefinição dos limites entre Cerrado e Amazônia

 

Neste estudo conduzido por cientistas da SpectraX, publicado na revista Environmental Science & Policy, foram utilizados dados de sensoriamento remoto para redefinir os limites entre os biomas Cerrado e Amazônia.

 

A partir da análise de variáveis como NDVI, EVI, GPP, eficiência evaporativa e fluxo de CO2, foi possível propor uma nova delimitação da chamada TAB (Área de Transição entre Biomas), diferente daquela estabelecida oficialmente pelo governo.

 

Essa nova abordagem permitiu identificar zonas de transição com alta sensibilidade a mudanças no uso e cobertura do solo, que são áreas críticas para políticas de conservação e elegibilidade de créditos de carbono.

 

A padronização dos dados por densidade de Kernel e o uso de componentes principais e análise de clusters garantiram maior robustez à interpretação.

 

 

Estudo 2: Implicações das emissões de CO2 nos principais usos da terra e da floresta na Amazônia brasileira

 

Publicada na Environmental Research, esta pesquisa avaliou as emissões de CO2 do solo em diferentes usos da terra na Amazônia, comparando áreas de floresta nativa, pastagens produtivas e degradadas, além de plantações de soja com diferentes potenciais de rendimento.

 

O trabalho combinou coletas in situ com dados orbitais, como EVI, GPP e LAI, além de um modelo de fluxo de CO2. A análise revelou correlações significativas entre os índices espectrais e as emissões, evidenciando que áreas mais conservadas, como florestas, têm maior emissão de CO2 do solo, mas também maior potencial de sequestro via GPP.

 

Já as áreas agrícolas com menor produtividade apresentaram menor emissão, mas também menor potencial de acúmulo de carbono.

 

Esses estudos mostram como a combinação entre ciência, tecnologia e sensoriamento remoto oferece ferramentas confiáveis para mapear, quantificar e monitorar os fluxos de carbono.


A SpectraX entende que a integridade do mercado de carbono depende da qualidade dos dados e do rigor científico. Por isso, suas soluções partem de uma base sólida, construída com metodologias reconhecidas e alinhadas com os desafios reais do campo.

 

 

Plataforma ESG da SpectraX: gestão inteligente de projetos de crédito de carbono

 

O avanço da agenda climática e a necessidade por transparência em iniciativas de compensação ambiental exige o uso de soluções digitais voltadas à gestão ESG (ambiental, social e de governança).

 

Nesse cenário, a plataforma ESG da SpectraX surge como uma iniciativa estratégica para apoiar empresas e projetos que atuam ou desejam atuar no mercado de carbono.

 

Uma das propostas da plataforma é integrar dados ambientais a ferramentas de análise espacial, oferecendo um ambiente de consulta, visualização e monitoramento contínuo de áreas com potencial para geração de créditos de carbono.

 

O sensoriamento remoto, com imagens provenientes de satélites de alta resolução, é um dos pilares centrais desse processo, viabilizando o acompanhamento de indicadores-chave de vegetação, uso e cobertura do solo, e possíveis alterações em áreas de interesse.

 

 

 

 

Com essa base tecnológica, torna-se possível automatizar a coleta e a interpretação de dados espaciais, aumentando a confiabilidade das análises e reduzindo custos operacionais.

 

Além disso, a plataforma propõe uma abordagem padronizada e replicável, capaz de apoiar a rastreabilidade de projetos de carbono em diferentes estágios, desde a elegibilidade inicial até o acompanhamento pós-emissão dos créditos.

 

Ao concentrar esforços em bases científicas e tecnológicas robustas, a plataforma ESG da SpectraX reforça o compromisso com a integridade dos dados e a inovação no setor ambiental, antecipando tendências de mercado e requisitos regulatórios para a certificação de projetos de carbono.

 

Fale com um especialista da SpectraX e veja nossa plataforma ESG em ação.

 

 

Conclusão

 

O monitoramento automatizado de áreas com potencial para geração de créditos de carbono se mostra essencial para garantir a transparência, a rastreabilidade e a credibilidade no mercado de créditos de carbono.

 

Tecnologias como o sensoriamento remoto e a inteligência artificial oferecem um novo patamar de eficiência no monitoramento de áreas de créditos de carbono, reduzindo custos e aumentando a confiabilidade dos dados.

 

A SpectraX, por meio de sua equipe científica, tem atuado na vanguarda desse movimento, desenvolvendo metodologias robustas e aplicando conhecimento técnico-científico para apoiar projetos sérios e sustentáveis. 

 

Com a plataforma ESG, a SpectraX mostra seu compromisso com a ciência, a inovação e a construção de soluções tecnológicas capazes de transformar a gestão das áreas com potenciais para geração de créditos de carbono, ajudando a dar mais credibilidade e transparência às negociações do setor.