
Monitorar a safra é essencial para quem atua na cadeia de suprimentos (ou supply chain) do agronegócio no Brasil, sobretudo de grãos.
Com as mudanças climáticas, cada vez mais intensas, e as oscilações de mercado é necessário usar tecnologias avançadas para prever riscos com mais eficiência.
Dentre essas tecnologias, estão o sensoriamento remoto por imagens de satélite e os modelos agrometeorológicos, usados nas análises geoespaciais.
Por meio delas é possível monitorar quase em tempo real os potenciais riscos climáticos e de mercado que podem afetar o fornecimento dos produtos.
Veja neste artigo como utilizar essas tecnologias e quais são seus benefícios. Boa leitura!
O que é o monitoramento de safras?
O monitoramento de safra visa acompanhar o desenvolvimento das culturas agrícolas durante todo o seu ciclo e ter informações sobre a oferta de determinado produto.
Realizar esse acompanhamento é importante para agricultores e para quem compra suas produções para abastecer a cadeia de suprimentos.
No campo, o monitoramento é usado para planejar melhor a colheita, providenciar a quantidade de pessoas e maquinários adequados e estimar o rendimento.
Para a cadeia de suprimentos, o monitoramento da safra é também de grande valia, já que os preços dos alimentos são muito influenciados pela lei da oferta.
Oficialmente, no Brasil, o acompanhamento da safra é realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que avalia os grãos, fibras, café e cana-de-açúcar.
Os levantamentos mostram análises fitotécnicas e econômicas, área plantada, produtividade, produção, monitoramento agrícola, clima, suprimento, demanda e análise de mercado.
Além disso, o órgão produz o Boletim de Monitoramento Agrícola dos cultivos de verão, onde são apresentados o monitoramento agrometeorológico, espectral e o monitoramento das lavouras.
Ilustração mostra condições das lavouras de Verão no Brasil
(Fonte: Conab)
O boletim de fevereiro, por exemplo, apontou que o Centro-Norte do Brasil recebeu chuvas abundantes, beneficiando os cultivos, apesar de interferências na semeadura e colheita.
No Semiárido do Nordeste, o déficit hídrico prejudicou lavouras de feijão e milho. No Rio Grande do Sul, as chuvas reduziram a restrição hídrica, mas as altas temperaturas aceleraram a perda de umidade do solo.
Segundo o boletim da Conab, dados espectrais de imagens de satélite indicam boas condições para as lavouras: a soja apresenta evolução acima da média, apesar da desaceleração no crescimento em algumas regiões devido à falta de chuvas.
O arroz segue em boas condições, com colheitas iniciadas no Rio Grande do Sul e bons resultados em Santa Catarina, favorecidos pelo clima e disponibilidade hídrica.
Como fazer monitoramento da lavoura?
O monitoramento da lavoura deve ser feito desde a sua implantação. É de grande importância saber a data do plantio e acompanhar os estágios de desenvolvimento da planta para verificar se está dentro do previsto.
Diversas ferramentas tecnológicas possibilitam um acompanhamento mais preciso das plantas, sendo uma das mais eficientes para a cultura de grãos o sensoriamento remoto por meio de imagens de satélites.
A partir dos dados dessas imagens é possível obter índices de vegetação que indicam o desenvolvimento das plantas em cada fase, sendo o mais popular deles o EVI (Índice de Vegetação Realçado, na sigla em inglês).
Imagem de EVI de uma área de produção agrícola de soja
(Fonte: SpectraX)
A correlação entre os dados dos índices de vegetação é comprovado por diversos estudos científicos. Mas é preciso ter conhecimento sobre os índices para saber interpretá-los da maneira correta durante o acompanhamento da safra.
Além disso, é essencial também o acompanhamento do clima, o que pode ser feito por meio do sensoriamento remoto por imagens de satélite e a análise de dados históricos sobre precipitação, e assim fazer previsões precisas.
A Conab, por exemplo, faz o monitoramento agrometeorológico para o acompanhamento da safra, com dados de instituições parceiras, como INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), que possui o SISDAGRO (Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária).
Os modelos agrometeorológicos também são de grande importância para o monitoramento de safra. Eles são representações matemáticas que relacionam a produtividade das culturas agrícolas com as variáveis meteorológicas.
Assim, podem ser utilizados para estimar a produtividade de cultivos e auxiliar no planejamento agrícola e na cadeia de suprimentos, o que influencia também no preço dos produtos. Por isso, é essencial se atentar para os riscos climáticos e de mercado.
Riscos climáticos no agronegócio
Os riscos climáticos no agronegócio indicam a probabilidade de eventos meteorológicos extremos afetarem a produção agrícola, a exemplo de secas, altas temperaturas, excesso de chuvas, inundações, geadas e granizo.
De acordo com um estudo da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os eventos climáticos extremos causam perdas de cerca de R$ 11 bilhões por ano.
Na atualidade, 75% dos alimentos do mundo são gerados a partir de 12 espécies de plantas e cinco espécies de animais, o que torna o sistema alimentar muito suscetível aos riscos inerentes à atividade agrícola, como pragas e doenças em animais e plantas, situação que tem se agravado por conta do clima.
As principais consequências dos efeitos climáticos no agronegócio são:
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perdas parciais ou totais de produção;
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desabastecimento da cadeia de suprimentos;
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redução das exportações;
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diminuição dos postos de emprego (diretos e indiretos);
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aumento da volatilidade na produção e renda dos agricultores;
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elevação dos preços dos alimentos;
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insegurança alimentar.
Neste sentido, a utilização de ferramentas tecnológicas avançadas que possam fornecer dados mais precisos sobre condições climáticas extremas em curto e médio prazo é de extrema importância para o sucesso do supply chain ou a redução dos possíveis impactos.
Com informações confiáveis, é possível buscar por alternativas mais seguras e em tempo hábil, evitando que haja um desabastecimento de determinados produtos.
Além dos riscos climáticos, é preciso ter atenção com:
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riscos sanitários;
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riscos de gestão de recursos naturais;
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riscos relacionados à disponibilidade energética.
Por isso também a importância de políticas públicas que incentivem a utilização de tecnologias e energias renováveis, para uma produção agrícola mais sustentável.
Riscos de mercado no agronegócio
Os riscos de mercado estão relacionados com a volatilidade dos preços, a demanda global, taxas de câmbio e a política comercial dos alimentos, que muitas vezes é influenciada por fatores climáticos e impactam a produção e a rentabilidade do setor.
O Brasil, por ser um dos principais players globais do agronegócio, é muito dependente das oscilações do mercado internacional, o que obriga aos atores do setor, sobretudo da cadeia de suprimentos, a acompanhar de perto tudo o que acontece.
Os principais riscos de mercado no agro são:
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as flutuações de preços das commodities;
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variações da demanda global;
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políticas comerciais;
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oscilações cambiais;
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dificuldades ou restrições de acesso ao crédito rural.
Se faz necessário, neste sentido, que as estratégias de gestão de riscos estejam alinhadas, devendo o mapeamento dos processos incluir os diversos fatores que podem afetar o supply chain, projetar cenários futuros e desenvolver planos de mitigação.
Geotecnologias da SpectraX para o monitoramento de safras
A SpectraX possui o que há de mais avançado em análise de dados geoespaciais para o monitoramento de safras agrícolas e a redução dos riscos climáticos e de mercado.
Suas tecnologias são fundamentadas na Ciência de Dados do Território, com técnicas avançadas de sensoriamento remoto e machine learning, combinadas com dados climáticos precisos.
O enfoque principal é a cultura da soja, além de outras safras agrícolas e florestais, com precisão de 98% na estimativa das safras agrícolas – único no mercado.
Os serviços da SpectraX são resultados de mais de 15 anos de pesquisas científicas, realizadas por experts em análises de dados geoespaciais e sensoriamento remoto, cujas produções acadêmicas são referência no setor.
A busca pela excelência científica com rigor metodológico e inovação contínua, com aplicação da inteligência artificial e outras tecnologias de ponta, é uma constante na SpectraX, visando com isso fornecer soluções precisas em mapeamento, sensoriamento remoto e inteligência territorial.
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Conclusão
O monitoramento de safra com o uso de geotecnologias avançadas para utilizar na prevenção de riscos climáticos e de mercado são fundamentais para o planejamento e o desenvolvimento de ações emergenciais na cadeia de suprimentos.
Na SpectraX você encontra as ferramentas mais adequadas para suas análises, com alta precisão (98%) das previsões de safras agrícolas, sobretudo soja, além do monitoramento climático.
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